Trauma Psicossocial: uma outra ótica acerca do racismo na comunidade negra brasileira
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.14721801Palavras-chave:
racismo, políticas públicas, música, cantoResumo
Considerando os recentes estudos antirracistas, é um consenso que o capitalismo tem no racismo um braço potente para a manutenção da exploração nos meios de produção, e que a cada crise – inerente à sua existência – esta ferramenta é uma das principais responsáveis para potencializar sua perpetuação e aprofundamento de lucros, determinando ou reafirmando o lugar de alguns corpos e “não lugar” de outros. Dessa forma, é possível sintetizar que o racismo trata-se de uma forte ideologia no mundo capitalista, cuja força permite naturalizar relações perversas de poder e dominação, tornando “verdade” a necessidade de subserviências de determinadas etnias. A partir disso, mostra-se oportuno e, quiçá, imperativo analisar como algumas mulheres negras de pele escura conseguiram e conseguem elaborar estratégias de sobrevivência, para ocupar outros espaços laborais diferentes daqueles impostos pelo capitalismo por meio da ideologia racista.
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