Se teria existido uma cultura fascista
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.8361215Palabras clave:
Cultura, Fascismo, HistoriografiaResumen
Nestas páginas, Bobbio responde a algumas críticas à sua ideia de que não existiu uma verdadeira cultura fascista, lembrando como a cultura liberal sobreviveu e prosperou durante o fascismo, enquanto este último se alimentou, sem originalidade, de ideias e de teorias surgidas anteriormente.
Referencias
Extraído da revista Alternative n. 6 - dezembro de 1975. Tradução: Suélen Najara de Melo. Revisão: Erica Salatini, docente UFBA, coordenadora do grupo de pesquisa PLIT-ILUFBA
“...quem faz estas afirmações pensa que um discurso como o meu possa reabilitar o fascismo” (de R. De Felice, lntervista sul fascismo [Entrevista sobre o fascismo], Bari, Laterza, 1975, p. 112).
N. Bobbio, La cultura e il fascismo [A cultura e o fascismo], em AA.VV., Fascismo e società italiana [Fascismo e sociedade italiana], Turim, Einaudi, 1973, p. 229.
N. Bobbio, Le colpe dei padri [As culpas dos pais], em “Il ponte” [A ponte], XXX, n. 6, 30 de junho de 1974, p. 660.
N. Tranfaglia, Dogmatismo ideologico e politica della paura, [Dogmatismo ideológico e Política do medo] em "II Giorno", 27 de novembro de 1974. Do mesmo autor veja também Intellettuali e fascismo. Appunti per una storia da scrivere [Intelectuais e fascismo. Anotações para uma história a ser escrita] em Dallo stato liberale al regime fascista. Problemi e ricerche [Do Estado liberal ao regime fascista. Problemas e pesquisas], Milão, Feltrinelli, 1973, p. 127.
E. Golino, Se la cultura si mette il fez [Se a cultura usa o fez] no “L’Espresso”, XX, n. 51, 22 de dezembro de 1974, p. 69.
M. Isnenghi, Battaglie dentro casa e battaglie d’arresto [Batalhas dentro de casa e batalhas de prisão*] em “Italia contemporanea” [Itália contemporânea], XXVI, n. 117, p. 107.
M. Isnenghi, Per la storia delle istituzioni culturali fasciste [Para a história das instituições culturais fascistas], em "Belfagor", XXX, n. 3, 1975, p. 249, nota 3.
G. Cotroneo concorda, entretanto, com a tese por mim sustentada e defendida, Una cultura inesistente [Uma cultura inexistente], em “Nord e Sud” [Norte e Sul], XXII, Terceira série, n. 3 (245), abril de 1975, pp. 6-20, o qual cita uma passagem de Franco Fortini publicada no “L’Europeo” [O Europeu], XXX, n. 52, 26 de dezembro de 1974, p. 47, que mereceria um longo comentário crítico. Nesta passagem, Fortini escreve que “por estranho que pareça, os fascistas têm um pensamento, uma filosofia, uma cultura, uma grande cultura que participa estreitamente da cultura democrática e antifascista: porque o pensamento de Gentile é a outra face de Croce. Porque a filosofia de Gentile a reencontramos em Hegel”. É de fato verdade que sobre qualquer assunto pode-se dizer tudo e o contrário de tudo. Grande parte do artigo de Cotroneo é dedicado à refutação da tese segundo a qual Hegel teria sido um precursor do fascismo.
A maior parte dos escritos que compõem este debate de vinte anos foi recolhida no volume Liberismo e liberalismo [Liberismo e liberalismo], organizada por P. Solari, Milão-Nápoles, Riccardo Riccardi editor, 1957.
Remeto para maiores detalhes o meu artigo Della sfortuna del pensiero di Cattaneo nella cultura italiana [Sobre o infortúnio do pensamento de Cattaneo na cultura italiana], em Una filosofia militante. Studi su Carlo Cattaneo [Uma filosofia militante. Estudos sobre Carlo Cattaneo], Turim, Einaudi, 1971, p. 204.
E. Colorni, Scritti [Escritos], introdução de N. Bobbio, Florença, La Nuova Italia, 1975.
Veja-o em Scritti [Escritos], cit., pp. 239-242.
Ilustrei este momento dos estudos hegelianos na Itália no artigo Lo studio di Hegel [O estudo de Hegel], no volume Gioele Solari (1872-1952) Testimonianze e bibliografia nel centenario della nascita [Testemunhos e bibliografia no centenário do nascimento], Turim, Academia das ciências, 1972. pp. 37-47.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Norberto Bobbio ; Suelen Najara de Mello (Tradutora)
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.